Veja bem, a vida é reflexo do que se tem, e daquilo que ainda teremos.
Pois bem, quando amamos, o inútil ato de controle é desinstalado, fazendo com que todas as forças se percam e você que sempre foi tão seu, pertença a outro alguém, de dois viram um, veneno!
O medo de dar errado, a autodefesa o lado contrário do sentimento, a incerteza tão certa de um começo e meio te aproximam do fim, de um voltam a ser dois, deixando para depois o que seria tão mais fácil ser vivido senão fosse a maldita insegurança de um destino.
Acrescento o lamento de depositar em si próprio os mais inapropriados sentimentos de culpa, por não ser, estar, fazer e tentar.
Digo, que nem toda distância faz bem, a ilusão te faz refém e o amor se perde em chão, o que um dia já foi ar, desaprende a voar e cai com impacto afetando o coração.
E se alguém um dia te disser que do seu lado sempre vai estar, não discordo em duvidar, mas se nos olhos te olhar, abrace! E saiba, que mesmo no fim de um último suspiro, abraço, riso, bobagem, troca de olhares, no final dos finais mais tristes ou feliz essa pessoa vai estar, sem medo de abandonar os próprios problemas para os teus carregar.
Então, talvez o segredo seja não dificultar o que já é difícil, aceitar o imprevisto ato de amar e ser amado, sem procurar o certo e o errado, deixar de lado o que sempre esteve à sua frente, o medo. E que nunca seja ausente a livre forma de pertencer sem precisar, e o querer em se doar.
Por: Luciana Barbosa