"Although we live in a very different world to that portrayed in Romeo and Juliet, do you think today’s teenagers can identify with these themes from the play? Are teenagers’ experiences and problems today the same as they were in Shakespeare’s time?"
TRADUÇÃO:
"Embora vivamos em um mundo muito diferente do retratado em Romeu e Julieta, você acha que os jovens de hoje podem se identificar com estes temas vindos da obra? As experiências e os problemas dos adolescentes atualmente são os mesmos que os da época de Shakespeare?"
Ora, pensar em um casal de, aproximadamente, 13 anos impedido de se amar por causa da rivalidade mortífera entre suas famílias é algo meio absurdo para os dias atuais. Minha primeira - e tola - resposta às perguntas foi, então: "Claro que não!".
Direto e incoerente, esse "não" começou a perturbar meus pensamentos, me atormentando por julgar uma pergunta tão séria e relevante com uma resposta tão imprudente. Aos poucos a minha precipitada convicção foi ganhando a forma de um "será...?" que, por fim, a transformou por completo.
Imagino que, de fato, as chances de existir um casal, mesmo que mais velho, com tanta sanguinolência intrínsecas às suas famílias, causadas por puro desgosto ou revanche sejam mesmo muito raros. Entretanto, como tudo na vida, não devemos levar as referências ao pé-da-letra, sim? Com esse raciocínio, descobri que, sim, ainda encaramos muitos problemas com relação ao amor, especialmente entre jovens e suas devidas famílias. Cheque-mate.
Imagino que, de fato, as chances de existir um casal, mesmo que mais velho, com tanta sanguinolência intrínsecas às suas famílias, causadas por puro desgosto ou revanche sejam mesmo muito raros. Entretanto, como tudo na vida, não devemos levar as referências ao pé-da-letra, sim? Com esse raciocínio, descobri que, sim, ainda encaramos muitos problemas com relação ao amor, especialmente entre jovens e suas devidas famílias. Cheque-mate.
Quantos, em pleno século XXI, ainda são separados do seu companheiro por conta da aversão ou desaprovação dos familiares? Uma mulher branca que se apaixona por um negro. Um rapaz que se apaixona por outro do mesmo sexo. Um rico que se apaixona por uma moça humilde. Uma cristã que se apaixona por um ateu. E até, inclusive, como vivenciamos, infelizmente, aqui no Brasil, um partidário "X" que se apaixona por um partidário "Y".
Aquelas perguntas dão espaço a muitas outras reflexões e comparações, mas aqui foquei no ponto vital da obra: a rivalidade e o amor. E mesmo só com estes pontos é possível fazermos análises profundas e importantes.
Se colocarmos todas as peças em jogo, talvez possamos perceber que, muito além daqueles pequenos exemplos que dei, a história entre Romeu e Julieta traz um grande significado para os nossos dias, para a nossa sociedade. São 425 anos de diferença e continuamos encontrando defeitos e falsos motivos para separamos os apaixonados.
O casal de Shakespeare se perdeu por intrigas e pensamentos das gerações passadas. Hoje, muitos jovens permanecem sofrendo por conta de ideias enraizadas em suas famílias.
Temos ainda muito da obra Romeu e Julieta. E só deixaremos de ter, quando, no mínimo, aprendermos a acolher o amor em todas suas formas e não impormos mais condições para ele às próximas gerações.
Por: Chloe Kinru